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VÍDEO: Proprietários de quadras esportivas pedem por retomada das atividades

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Empresários do ramo clamam por solução de imbróglio e pela volta dos trabalhos

Os proprietários de quadras esportivas de Santa Maria estão inativos há cerca de cinco meses. Em meio à pandemia do novo coronavírus, ainda no começo de abril, na primeira flexibilização dos decretos, os jogos amadores, e partidas de horários marcados em estabelecimentos da cidade, foram reativados por 10 dias. Depois desse período, ocorreu novo fechamento, e desde então é proibida a abertura.


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A grande reclamação dos empresários do ramo é a falta de perspectiva de uma retomada.

- Nós, proprietários de quadras esportivas, estamos praticamente há cinco meses sem poder abrir nossos complexos e notamos que estamos sozinhos, pois a prefeitura não demonstra nenhum tipo de manifesto de forma positiva para o nosso lado. Nem sequer um mínimo apoio. A ideia parece que é "fiquem fechados e pronto", não se importando de maneira alguma com dezenas de famílias que estão se virando para manter suas quadras e seus sustentos - comenta Tiago Barcellos, sócio proprietário do La Guerrilla.

O funcionamento das quadras e ginásios está proibido na maior parte das cidades gaúchas. Isso vale para quadras e campos de futebol sete, grama natural e sintética, bem como para os ginásios de futsal.

- Partimos do princípio de que todos têm os direitos iguais. As academias estão em atividade dentro das normas de flexibilização e distanciamento. Por que as quadras estão sendo discriminadas? Acredito que as quadras esportivas não poderiam ficar para trás e precisariam ser lembradas. Toda a parte esportiva poderia receber o mesmo critério e conseguir a liberação - afirma Renato Augusto Germani, administrador do Ginásio Silva Jardim.

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Thiago Centurião, sócio da Quadra Sport Show, contesta os critérios utilizados para avaliar os riscos de propagação do novo coronavírus.

- A prefeitura pede um laudo técnico que justifique não haver perigo de contágio. Eu digo que nunca vai existir justificativa técnica, da mesma forma que não há justificativa técnica para o funcionamento de nenhuma atividade. O que existe, na realidade, é flexibilização administrativa visando um equilíbrio do setor econômico vinculado, com protocolos sanitários que visam mitigar os riscos. Se levado ao pé da letra, nenhuma atividade não essencial poderia estar liberada - opina Centurião.

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AS BANDEIRAS 

Nesta semana, o Governo do Estado permitiu competições esportivas e treinos de atletas profissionais e amadores nos municípios localizados em regiões com bandeira amarela ou laranja, conforme classificação do modelo de Distanciamento Controlado. Essa "liberação" causou interpretações equivocadas. A decisão vale, tão somente, para profissionais, ou praticantes de alguma modalidade a nível estadual e acaba sendo uma decisão que poderia beneficiar uma possível retomada da Divisão de Acesso e competições estaduais de futsal e futebol sete, mas nada que mude a indefinição vivida pelos donos de ginásios. 

- Está bem claro que o que foi liberado são competições profissionais e amadoras, mas com protocolos de testagens em todos envolvidos. O que é bem difícil ocorrer pela questão financeira. Participei da reunião com o secretário do Esporte e Lazer, Francisco Vargas, e ele foi bem claro - explica Centurião.

CLANDESTINIDADE
Uma das principais reclamações dos proprietários de quadras e ginásios é que eles, que pagam impostos e são legalizados, estão proibidos de receberem jogos e manter os locais em funcionamento. Enquanto isso, outros estabelecimentos da área têm aberto de forma clandestina e seguem realizando estes atos ilícitos, pois estaria havendo falta de fiscalização.  

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O QUE DIZ A PREFEITURA
De acordo com o prefeito Jorge Pozzobom seria um risco liberar o funcionamento das quadras. 

- Ainda que estejamos vivendo um período de relativa estabilidade, indo para a décima quinta semana em bandeira laranja, não podemos arriscar, nem tomar medidas que coloquem em risco a vida das pessoas. O futebol profissional adotou uma série de protocolos e, mesmo assim, tivemos problemas com contágio de jogadores e cancelamento de partidas. E que tipo de segurança podemos ter liberando o futebol amador, as atividades recreativas? Isso é muito sério. Sabemos das dificuldades financeiras enfrentadas pelos proprietários das quadras, e já estamos tratando de formas para garantir incentivos financeiros. Só que não podemos colocar vidas em risco - avalia o prefeito de Santa Maria.

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